Vesti a roupa num ápice, o atraso era tal.
Agarro num par de ténis e calço-os, a pressa era tanta, atei os nós à pato.
Corri para a paragem de autocarro para ir ter com amigos. (Nunca mais me convidam para sair.)
Cheguei ao fundo da rua da Rosa e só lá estavam alguns gatos pingados. Suspirei de alívio.
Cumprimentei quem estava. Esperámos por quem faltava.
Ao fim de meia-hora, começámos a peregrinação, rua acima. (Puta que pariu, mais valia inscrever-me no ginásio! Ah, mas não tem cerveja à venda… Okay, prossigamos.)
Escolhemos um bar e pedimos umas imperiais. (Não é para abusar que amanhã trabalho.)
Continuámos a andar, tipo pintainhos atrás da mãe galinha. (Só que esta mãe era hipotética.)
Já levávamos umas cervejas no sistema e aí alguém decidi voltar ao sítio onde tínhamos abancado no início. (E até aí, tudo bem.)
Íamos a descer a rua e o meu ser despassarado mete o pé numa falha da calçada. (Só não dei três cambalhotas porque não calhou. Raspei os braços nas pedras, menos mal!)
Todos se uniram num tumulto a perguntar como estava. Eu só mandei foder a calçada. (É bonita – esteticamente falando – no entanto, é uma merda para caminhar quando já se leva um copito a mais.)