Ele tinha uma vida de bandido.
Ela vivia uma existência fatigada e banal.
Ele estacionara a carrinha à porta da casa dela, e começou a espreitar pela janela.
Ela, ao descer as escadas, apanhou o desconhecido a espiar, sem consideração.
Ele admirou a jovem, no seu vestido azul de algodão. O seu andar era subtil mas sensual.
Ela abriu a porta de entrada de rompante e o indivíduo ia perdendo o equilíbrio com o susto.
Ele olhou-a de cima abaixo, sem vergonha.
Ela, calmamente, pediu-lhe que deixasse de meter o nariz onde não era chamado.
Ele riu-se perante a sua frieza e a expressão utilizada.
Ela tomou ofensa, inicialmente, mas soltou uma ligeira risada. Era um homem charmoso.
Ele perguntou o que é que uma moça tão bela fazia num local tão isolado.
Ela rispostou, afirmando que não era feita para a vida de cidade, não era fascinada pela manipulação constante.
Ele acenou como quem concorda e convidou-a para uma volta.
Ela sentou-se no lado do passageiro da sua velha carrinha e não olhou mais para trás.
Ele questionou o seu nome.
Ela murmurou: O meu nome é Bonnie.
Ele apenas acrescentou: Eu sou Clyde… Prazer, minha querida.