Aqui desfaleço perante a insípida vida
Aqui esmoreço perante o teu impasse de face
Aqui perco a cor do meu indisposto rosto
Aqui me tomam a única réstia de energia do meu já torpe corpo
Desmaio, solto o meu último suspiro, morro.
A minha existência é básica
A minha subsistência é inata
A minha resistência é ingrata
Não possuo nada e nada me possui.
Sinto um cansaço ignóbil
Sinto um vazio insuportável
Sinto um excesso de nada
Solto o meu último suspiro, irremediável e pleno de nulidade.
Temo pelos que amo
Temo pelos que me amam
Temo por quem não me reconhece
Morro na ridícula superficialidade de ser. Porque mal vivi.
E por vezes, questiono até que ponto terei forças para contrariar esta negatividade omnipresente.
Hoje escolhi morrer.
Então desfaleço, esmoreço, desmaio… E morro. Perante a tua face impotente.