(Para quebrar o meu período de seca de escrita em Português. E a fusão de Português Europeu e Brasileiro é propositada.)
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Sou o Saci,
Saltitando de aventura em desventura.
Mas minha alma não é menos pura
Eu vejo o mundo sendo mais simples assim.
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No meu tornadinho me escondo,
E matreiro há longos anos me chamam,
Mas a mim sempre me amam
Nesse planeta bem redondo.
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Coloco meu gorro vermelho
E agarro no meu velho cachimbo
Mas nunca caio no limbo
De viver no completo destrambelho.
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Eu amo a Amazónia
E ela me protege como um filho.
Me dá maçaroca de milho
Ou eu a surripio da próxima colónia.
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No verde, me sinto feliz
Não tenho ambições de mais…
Sinto saudade de meus pais
Mas a minha liberdade me faz perdiz.
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Crio tempestade nas folhas da selva
Mas não trago chuva comigo.
Eu disse que não sou perigo,
Sou tão natural como essa fina relva.
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Sou só eu, Saci
Saltando de desventura em aventura.
Mas minha alma permanece pura,
Eu sou simplesmente assim .